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Autor : Rosângela Fialho(2)

Descrição :

Alguns elementos da linguagem fotográfica e suas finalidades.
Categoria :Bases de técnica fotográfica

Artigo : Sugestões básicas - Linguagem Fotográfica - parte l

"A maquina fotográfica é um espelho dotado de memória, porém incapaz de pensar".  Arnold Newman

Por trás de cada fotografia deveria existir um motivo suficiente para justificá-la. Essa afirmação é mais importante do que talvez se acredite, pois antes de tirar uma determinada foto, o fotógrafo não deve dispensar uma compreensão integral dos motivos que o levaram a fazer esta ou aquela fotografia. O fotógrafo deve ter consciência plena de seu ato antes de apertar o botão. Podemos afirmar que não basta competência técnica para a realização de boas fotografias, é imprescindível ter consciência. Pense primeiro, fotografe depois.

Ao fotografarmos pessoas, objetos ou qualquer assunto, não estamos necessariamente registrando a verdade sobre ela, e sim nossa opinião sobre o assunto, nossa forma de ver o mundo. Um bom fotógrafo coloca sua marca e seu estilo em tudo aquilo que por ele for fotografado.

A fotografia, assim como a música, a poesia, a pintura, a dança, etc, é um meio de expressão do indivíduo; como tal, tem linguagem própria. Seus elementos podem ser manipulados pelo estudo e pesquisa ou pela própria intuição do fotógrafo. Um bom domínio dos elementos da linguagem fotográfica, assim como das questões técnicas e do equipamento, são as garantias que nos permitem concretizar a realização da fotografia desejada.

Ponto de vista e composição:

A capacidade para selecionar e dispor os elementos de uma fotografia depende em grande parte do ponto de vista do fotógrafo.

Na verdade, o lugar onde ele decide se colocar para bater uma foto constitui uma de suas decisões mais críticas. Muitas vezes uma alteração, mesmo mínima, no ponto de vista, pode alterar de forma drástica o equilíbrio e a estrutura da foto.

Por isso torna-se indispensável andar de um lado para outro, aproximar-se e afastar-se da cena, colocar-se em um ponto superior ou inferior a ela, a fim de observar o efeito produzido na fotografia por todas essas variações. A composição nada mais é do que a arte de dispor os elementos, do assunto a ser fotografado, da forma que melhor atenda nossos objetivos.

Planos:

Os planos determinam o distanciamento da câmera em relação ao objeto fotografado, levando-se em conta a organização dos elementos dentro do enquadramento realizado. Os planos dividem-se em três grupos principais ( seguindo-se a nomenclatura cinematográfica) - conter vários planos, sendo classificada por aquele que é responsável por suas características principais.

Plano Geral: o ambiente é o elemento primordial.

O sujeito é um elemento dominado pela situação geográfica.

Plano médio: neste plano, sujeito ou assunto fotografados estão ocupando boa parte do quadro, deixando espaço para outros elementos que deverão completar a informação. este plano é bastante descritivo, narrando a ação e o sujeito.

Primeiro Plano: enquadra o sujeito dando destaque ao gesto, à emoção, à fisionomia, podendo também ser um plano de detalhe, onde a textura ganha força e pode ser utilizada na criação de fotografias abstratas.

também é comum utilizarmos a expressão "Segundo Plano" para nos referirmos a assuntos, pessoas ou objetos, que mesmo não estando em destaque ou determinando o sentido da foto, têm sua importância.

Perspectiva:

As fotografias são bidimensionais: possuem largura e comprimento, e para conseguir o efeito de profundidade é preciso que uma terceira dimensão seja introduzida: a perspectiva.

Sem dúvida a perspectiva não passa de uma ilusão de ótica. Quando seguramos um livro, mantendo o braço esticado, este objeto dará a impressão de ser tão grande quanto uma casa situada a uma centena de passos. Quanto mais se reduz a distância entre o livro e a casa, mais os dois objetos se aproximam de suas verdadeiras dimensões. Só quando o livro se encontra em um plano idêntico ao da casa, é que o tamanho aparente de cada um deles equivale com exatidão ao real.

Através da perspectiva, linhas retas e paralelas dão a impressão de convergir, objetos que encobrem parcialmente a outros dão a sensação de profundidade, e através do distanciamento dos objetos temos a sensação de parecerem menores.

Podemos utilizar a perspectiva para criar impressões subjetivas, e o caso de efeitos de: "mergulho" -  fotografar com a câmera num ângulo superior ao assunto, diminuindo-o em relação ao espectador; e "contra-mergulho" - a câmera num ângulo inferior ao assunto criando uma sensação de poder, força e grandeza. cada um destes recursos deverá ser utilizado de acordo com o contexto e o objetivo do fotógrafo.

Abraços, Rosângela Fialho.

rosangelafialho@essencialfoto.com.br

http://www.essencialfoto.com.br



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